O G20 reúne 19 das maiores economias do planeta e a União Europeia, enquanto o G7 é um grupo de países desenvolvidos composto por Japão, Canadá, Itália, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido. A declaração ocorreu após reunião do presidente brasileiro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Palácio de Chigi, sede do governo italiano.
Na agenda desta quarta-feira (21), Lula também se reuniu o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri. Durante o encontro, o presidente destacou a viagem à Itália significou a retomada do protagonismo do país nas discussões globais sobre meio ambiente. "Amanhã [22], às 8h30, vou dar uma entrevista coletiva porque a minha viagem à Itália foi, do meu ponto de vista, para recolocar o Brasil no centro das discussões sobre a questão climática no mundo."
Na sua primeira reunião do dia em Roma, o presidente Lula se encontrou com o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D'Alema. Os dois conversaram sobre a conjuntura política do Brasil, da esquerda europeia e da social-democracia na Europa.
Já nesta terça-feira, ele teve uma reunião com a secretária-geral do Partido Democrático Italiano, Elly Schlein, uma das líderes da oposição no parlamento local, com apenas 38 anos. Com ela, Lula falou sobre as conjunturas políticas na Itália e no Brasil e sobre a necessidade de uma maior união entre legendas progressistas pelo mundo.
Na sequência, ele foi recebido pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio Quirinale. Os dois conversaram sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, sobre a aproximação entre as universidades e a ampliação do intercâmbio comercial entre os dois países. Brasil e Itália assinaram um acordo de Parceria Estratégica em 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula. Em 2010, entrou em vigor um plano de ação que destacava 16 áreas-chave de cooperação entre os dois países.
Após o encontro com Mattarella, Lula esteve com o papa Francisco, no Vaticano, onde conversaram sobre soluções para a paz, preservação ambiental e o combate à fome e às desigualdades sociais e econômicas no mundo. “Estamos em tempos de guerra e a paz é muito frágil”, disse Francisco a Lula.
No Vaticano, Lula convidou o Papa a fazer uma nova visita ao Brasil, para assistir à tradicional festa do Círio de Nazaré, em Belém (PA), no mês de outubro. A primeira viagem internacional do pontífice após assumir o cargo, em 2013, foi para o Rio de Janeiro.
Despois da visita ao Vaticano, Lula se reuniu com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Palácio Chigi. Até a véspera da viagem, o encontro com a chefe de governo do país europeu não estava confirmado e passou a constar na agenda apenas ontem. Primeira mulher a ocupar o cargo, Meloni é líder do primeiro governo de extrema-direita no país em décadas.
Lula chegou a Roma na manhã de terça-feira (20) e o primeiro compromisso na capital italiana foi com o sociólogo Domenico de Masi, referência internacional em estudos sobre a sociologia do trabalho. Autor do livro Ócio Criativo, de Masi tornou-se famoso pelo conceito segundo o qual o ócio é um fator que estimula a criatividade pessoal. Assim como Roberto Gualtieri, Domenico de Mais também visitou Lula na prisão em Curitiba. No encontro, os dois conversaram sobre o cenário político no Brasil e na Europa.
Na quinta-feira (22), Lula embarca para Paris. Na capital francesa, ele participa da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento e terá encontro bilateral com o presidente da França, Emmanuel Macron. Ele também tem encontros bilaterais previstos com líderes da África do Sul, Cuba e Haiti.
Lula ainda fará o discurso de encerramento do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay, na noite de quinta-feira (22). O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, e também terá as presenças de líderes do Timor Leste, Barbados, Gana e Quênia, além da prefeita de Paris, Ane Hidalgo.
* matéria atualizada para acréscimo de informação