“Estamos bastante preocupados com algumas ocorrências onde o policial militar tem hesitado em utilizar as suas ferramentas de trabalho. E aí vai o meu pedido para vocês e para todos esses amigos que estão aqui presentes: não hesite, não hesite em cumprir a lei. Não hesite em utilizar a legítima defesa a seu favor. Faça isso”, disse Freitas.
As declarações do coronel ocorreram no dia seguinte ao assassinato de um tenente aposentado da PM, em Itapecerica da Serra, interior do estado, na quarta-feira (5). Antes de ser morto, o militar foi sequestrado e torturado.
Dados divulgados segunda-feira (3) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) revelam que o número de pessoas mortas por policiais voltou a aumentar no mês de maio deste ano no estado, passando de 35 para 38, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 32 pessoas mortas por policiais militares em serviço, o que representa 88% a mais do que em maio de 2022, quando houve 17 vítimas.
Ainda em maio, três pessoas foram mortas por policiais militares de folga, redução de 75%; e três pessoas mortas por policiais civis em serviço, duas a mais em relação a maio de 2022.
No acumulado do ano, foram 189 pessoas mortas por policiais, um aumento de 8,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Levando em conta somente as mortes em confrontos com policiais militares em serviço, número acumulado chegou a 130.
Os dados da SSP mostram ainda que 15 policiais civis e militares foram mortos em folga ou em serviço, mesmo número de janeiro a maio do ano passado. Considerando apenas o mês de maio, neste ano foram seis policiais mortos e um no ano passado.