Nos dias 11 e 12 de fevereiro, o Mimo estará em São Francisco do Sul, cidade mais antiga de Santa Catarina. Não há limite de idade para as atividades do festival, que são realizadas ao ar livre e em espaços que valorizam o patrimônio cultural e natural das cidades contempladas.
Entusiasmada com a segunda edição do festival infantojuvenil, a diretora e idealizadora do Mimo Festival, que originou o Mimo para Crianças, Lu Araújo, disse que está ansiosa para ver a reação das crianças à proposta. “Desenvolvemos inúmeras atividades para que eles fiquem por quatro ou cinco horas brincando sem pegar no celular ou em tablets. Lugar de criança é brincando, correndo e se divertindo", disse Lu Araújo à Agência Brasil.
Ao longo dos últimos 20 anos, o Mimo Festival ofereceu atividades educativas, que estimulam a criatividade, em cidades definidas como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), entre as quais, Olinda, Ouro Preto, Rio de Janeiro, Paraty, no Brasil, e Amarante e Porto, em Portugal. Tiradentes, Recife, São Paulo e João Pessoa também já receberam edições do festival.
Com 55 edições, dois prêmios internacionais e dois nacionais e um público de mais de 2 milhões de pessoas, que foi a marca alcançada com o Mimo Porto 2022, o Mimo Festival já promoveu mais de 500 concertos e ganhou, no ano passado, a versão para crianças e jovens.
As atividades do Mimo para Crianças são inclusivas e seguem os moldes do festival mãe. Isso significa que o evento mantém o desenho do festival original: atrações de alta qualidade artística, oferecidas gratuitamente, com shows e espetáculos circenses e teatrais. Oficinas estimulam a cultura infantil da construção de pipas, a arte da gastronomia, atividades lúdicas e até mesmo o sobe e desce do parkour fazem parte da edição voltada para as crianças, bem como a contação de histórias e atividades recreativas.
Lu Araújo lembrou que a estreia do Mimo para Crianças, no verão de 2022 no Rio de Janeiro, reuniu inúmeras famílias, que vibravam e interagiam com as atrações. Crianças, jovens e adultos lotaram todos os espaços, cuidadosamente escolhidos nas diferentes regiões da cidade.
“A primeira edição infantojuvenil representou um sopro de alegria e um verdadeiro alívio para a população, que circulava livre entre as atrações, brincando, cantando e dançando. Afinal, começávamos a deixar para trás o longo isolamento a que fomos submetidos devido à pandemia de covid-19. Foram mais de 70 atividades de música, teatro, circo, contação de histórias, oficinas e jogos recreativos. No final, ficou aquele gostinho de quero mais”, disse Lu.
A reação do público do Rio de Janeiro ao Mimo para Crianças superou todas as expectativas, e isso incentivou Lu a levar o festival mirim para outras partes do Brasil, assim como tem feito com o festival mãe.