O cargo de diretor-presidente da Ceagesp estava vago desde o dia 6 de janeiro, quando o então ocupante da função, o coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araujo, anunciou a sua renúncia, sem esperar pelo anúncio do nome que o substituiria. “Estou aqui de maneira interina para ajudá-los naquilo que for possível e no que estiver ao meu alcance”, disse Mota, em apresentação aos funcionários.
Até o final do ano passado, a Ceagesp estava vinculada ao Ministério da Economia mas um decreto publicado no dia 1º de janeiro deste ano, pelo governo federal, passou a sua estrutura para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Na tarde de hoje, o ministro passeou pelo entreposto de São Paulo e depois conversou com funcionários da companhia. A esses funcionários, Teixeira manifestou que é contrário à privatização da companhia. “Eu particularmente, sou contra a privatização. Acho que uma empresa pública que dá lucro pode continuar dando lucro para o povo brasileiro”, disse ele.
Em discurso aos funcionários, Teixeira falou que terá três grandes desafios na gestão de sua pasta. “O presidente Lula quer voltar o PAA, que é o Programa de Aquisição de Alimentos, e quer fortalecer o Pnae, que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar. E ele também quer fortalecer o Programa de Compras Diretas pelos Órgãos Públicos da Agricultura Familiar. Em pouco tempo, vamos fortalecer a agricultura familiar para cumprir três objetivos: alimentar o povo brasileiro, produzir alimentos bons e baratos e produzir alimentos saudáveis. E eu incluo um quarto pilar que é a alimentação sustentável: ter uma agricultura que ajude a evitar ainda mais o agravamento da questão climática”, disse o ministro.
A Ceagesp surgiu em maio de 1969, resultado da fusão de duas empresas mantidas pelo governo do estado de São Paulo: o Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Cagesp). Em 1997, ela foi federalizada.
A companhia possui 13 entrepostos, que estão localizados nas cidades de São Paulo, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Franca, Guaratinguetá, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.
O entreposto de São Paulo é a maior central de abastecimento de frutas, legumes, verduras, flores, pescados e diversos [alho, batata, cebola, coco seco e ovos] da América Latina. Por ele circulam cerca de 50 mil pessoas por dia.
Segundo a gestão anterior, a companhia fechou o ano de 2021 com lucro de R$ 27,382 milhões. Os números do ano passado ainda não foram fechados, mas a expectativa é de que o lucro some R$ 24,511 milhões.